O que é?

É a formação de coágulos nas veias profundas das pernas. É a principal e a mais evitável causa de morte em pacientes internados em todo mundo (15% das mortes intra-hospitalares) e todo paciente internado apresenta risco de desenvolver Trombose Venosa Profunda que ocorre em até 50 % destes pacientes. A morte pode ocorrer quando o coágulo se desprende das pernas e vai para o pulmão, ocasionando a Embolia Pulmonar. É a segunda causa de morte em mulheres grávidas.

Pessoas de risco?

São principalmente pacientes internados e que possuem os seguintes fatores de risco: história prévia de trombose, imobilização na cama, pós-operatório, idade maior que 40 anos, câncer, doença do coração, fraturas ósseas, hipercoagulabilidade (tendência do sangue a formar coágulos), tratamento hormonal, gravidez e puerpério, obesidade, grupo sanguíneo O, uso de catéter venoso central, doença inflamatória intestinal e  lúpus (tipo de reumatismo).
Identificando os fatores de risco,  podemos definir grupos de pacientes com alto, moderado e baixo risco para desenvolverem trombose sendo que os de baixo risco tem 5% de trombose e os de alto risco 85%. Todo paciente internado está sujeito a desenvolver tvp e deve ser avaliado quanto ao risco.

Como prevenir?

A prevenção é preferível ao tratamento, pois reduz o número de mortes em pacientes com qualquer grau de risco para trombose. Após identificação do grau de risco do paciente, podemos utilizar medidas simples como levantar da cama o quanto antes e andar (evitar a imobilização), o uso de meias elásticas medicinais, além de utilizar medicamentos anticoagulantes em baixas doses.
 

Como tratar?

O tratamento principal é feito também com uso de medicamentos anticoagulantes, que no caso de haver uma embolia pulmonar sintomática reduz a mortalidade de 45% para 9%, e deve ser mantido por vários meses, eventualmente pela vida inteira. Entretanto, a trombose deixa seqüelas nas pernas que podem levar a inchaços, varizes e úlceras. Para isto, tratamentos modernos têm sido realizados com cirurgia endovascular, reduzindo drasticamente as seqüelas da trombose, porém são mais bem empregados em pacientes jovens com longa expectativa de vida em tromboses extensas.